domingo, 12 de dezembro de 2010

Copa do Mundo de Futebol Social - EXIBIÇÃO


Após 6 meses de trabalho e mais de 60 horas de material, o primeiro corte está pronto, convidamos à todos a assisti-lo!



Vamos lá?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Em poucas palavras...



- Pupo!
- Oi?
- O que tá achando?
- Dahora!



... Finalizado o primeiro corte! Aquele, menor... Em poucos dias, Copa do Mundo de Futebol Social. Versão completa!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Psiu....

por Mel Teófilo


Eu vi










O começo do fim da primeira parte do doc.

Fiquei com uma vontade irresistível de gritar:

Está do caralho.


Mesmo tendo certeza que não, acho que entendi tudo.

Preciso falar: Vai ficar do caralho.


Só um desabafo.


Mais ansiosa que nunca.!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Seleção

São eles:


Renildo de Brito Santos ou Birôio, goleiro - Jaguaré, SP

Jhon Lennon da Silva Ribeiro ou Dromedário, linha - Jaguaré, SP

Paulo Henrique Lopes dos Santos ou Paulinho, linha - Jaguaré, SP

Flávio Andrade Goldinho ou Pit Bull, linha - Jaguaré, SP

Maxiliano Araújo de Melo ou Max, linha - São Vicente / Paraná

Jenderson Alves da Silva ou Chocolate, capitão e linha - Morro do Cantagalo, RJ

Leandro de Araújo Pacífico ou Neném, linha - Morro do Pavãozinho, RJ

Leonardo Araújo Pacífico ou Léo, linha - Morro do Pavãozinho, RJ

E lá fomos nós!

por Renan Vasconcelos




Fomos!


Depois de algumas horas de atraso pegamos a estrada rumo ao Rio!


Sem a certeza de lugar para todos ficarem na primeira noite, sem saber como seriam os próximos 10 dias em terras cariocas. Fomos com câmeras, roupas e coragem.


Na primeira noite ficamos numa república de estudantes perto de Copacabana. Jogamos nossos colchões de ar em qualquer canto, separamos os equipamentos pro dia seguinte e brindamos nossa chegada ao Rio com nosso bom e velho companheiro Dreher (que nos acompanhou durante essa saga com garra e dedicação).


Acordamos no outro dia, nos aprontamos e fomos rumo à Homeless World Cup, chegando na Orla vimos aquele monte de bandeiras e pessoas festejando, era o Desfile Oficial!


Argentina, Índia, Holanda, Quirguistão, Chile, Brasil, Palestina, entre muitos outros, estavam lá com uma bateria de escola de samba formada por crianças puxando a carreata dos países e chamando a atenção de quem passava. Era o início da Copa do Mundo de Futebol Social.


Com as arquibancadas lotadas, pelo público que viu o desfile e pelas delegações dos países participantes, deu-se inicio aos discursos oficiais. Primeiro o Secretário de Turismo do Rio de Janeiro e depois o fundador da HWC, Mel Young, ambos falaram sobre a mudança que esse evento poderia trazer para os jovens participantes e que era uma honra ter esse evento realizado em Copacabana.


A bola tinha que rolar ... e Rolou!


Jogo de abertura Brasil X Chile, A seleção do Brasil tinha o Chile entalado na garganta por uma derrota no ano de 2009. Em contrapartida, a Homeless World Cup recebeu duas propostas na América do Sul para ser a sede desse ano da copa. Ou aconteceria no Rio de Janeiro, ou no Chile. Chile perdeu a primeira vez.


Mas vamos ao jogo.


Estréia é estréia, casa lotada, nervosismo dos garotos, se adequar a quadra (a seleção Brasileira treinou em um local inapropriado) e, além disso, havia chovido na noite anterior, a quadra de grama sintética estava extremamente escorregadia. Logo no início do Jogo acontece um pênalti contra o Brasil. Chile 1x0.


Em uma conversa antes do jogo com o técnico da Seleção Brasileira, Pupo, ele disse que a seleção do Chile era uma das que mais o preocupava, sempre tiveram jogadores bons e vinham com garra para vencer o jogo. Mas dessa vez foi diferente! Dessa vez estávamos no Brasil e os garotos correram atrás, tiveram mais garra e foram melhores jogadores que os Chilenos.


Final de jogo Brasil 7 x Chile 6. Chile perdeu pela segunda vez.


E até o Final da Copa o Chile perderia a terceira vez, mas isso é uma outra história, para outro dia!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Seletiva Final

Ah, o Futebol Social…
Ultimamente nada traz – ao menos para mim – mais satisfação do que cobrir esse evento.
Ver os jovens se divertindo com uma pelota e acompanhar a interação com outros jovens muito parecidos com eles.
Independente de quem venceu a Final, o evento desse fim de semana fez, mais uma vez, seu papel de integração social.
Na ONG Estrela Nova (Campo Limpo - São Paulo), Jovens de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Vicente (SP), Pouso Alegre (MG) e diversos bairros de São Paulo (SP) estavam lá para disputar uma vaga na Seleção Brasileira de Futebol Social, mas não só para isso.
Estavam lá para se divertir, conhecer pessoas novas, um lugar novo, mas que cada vez mais, sinto que de alguma forma se repete.
Não posso dizer que todos os lugares que cobrimos as seletivas eram iguais, cada um tinha sua essência, seu ponto de diferença, mas é um mundo tão parecido que fazia com que os jovens se sentissem em casa.
Tão em casa que, como irmãos, dividiram quartos, banheiros e vestiários.
Tão irmãos que cornetavam um ao outro e torciam por uma vitória de quem se transformou em amigo, após a desclassificação de seu time ou em partida que não se enfrentavam.
A história era diferente quando esses irmãos se enfrentavam...
E no meio desse mundo de jogos de futebol, competição e diversão, estávamos nós, jovens Criôlos com câmeras nos ombros, microfones apontados para a quadra, nos infiltrando nesse terreno que muitos diriam ser hostil.
Estávamos lá, vivendo de forma diferente a mesma história desses jovens, acompanhando os passos deles, dividindo o mesmo refeitório, o mesmo vestiário.
O Nosso QG de dia era o QG deles de noite e a entrada era liberada pra todo mundo, equipamentos de filmagem se misturavam com chuteiras e uniformes.
Tivemos afeição por alguns mais do que outros (sim, torcemos por um time ou por um (a) atleta, somos humanos e não apenas equipamento de filmagem) só não deixamos isso transparecer na câmera, respeitamos e fomos respeitados por todos.
E no final do segundo dia de seletiva a sensação de dever cumprido estava presente em todos, nos técnicos, nos jogadores, no Pupo e na Criôla.
Agora todos aguardam pra saber quem serão os convocados.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bolas e Chuteiras...

O Coutinho estava procurando um tema. Não só ele como sua equipe também. Todos bebendo a mesma água no mesmo gargalo. Lá em cima, no Nordeste, encontraram um assunto. A partir desse assunto surgiu um tema. E esse tema só foi encontrado pq havia vida. Tendo vida ficou fácil. Os cabelos brancos já mostravam conhecimento desse mundo. Fatos, histórias, vivências, ficções que se tornaram realidade e uma bagagem que não cabe em qualquer compartimento foi misturado e batido num liqüidificador, dali saiu a obra mais sensível do seu ser. Aquilo que dizia o que é viver, sobreviver, da forma mais nua, crua, e sem espaço para alguma estética padronizada. O retrato do sertão nordestino sem indagações. O que aquelas pessoas viam, o que viviam, o que sentiam, o que as rachaduras contavam sem tempo, espaço, cronologia.


Existe um intuito em fazer uma obra audiovisual. Independente de seu formato, é contar alguma coisa. A partir das lentes, da montagem, e antes até de um roteiro é a vontade de expressar uma idéia. Criá-la, ou incentivar uma existente depende do idealizador, da pecinha que está atrás de toda a estrutura e equipamento disponível.


Encontramos um assunto. Até antes da primeira pisada em campo, a Homeless World Cup. É um assunto sério? É um projeto interessante? Renderá bons frutos? Não importa. É um assunto. E assim, fomos. Sem sabermos o que encontraríamos, quem encontraríamos, o que poderíamos tirar dali. A palavra é guerrilha.


Em São Vicente vimos chuteiras invisíveis, gramado de areia, e traves quase levantadas na hora (se não fossem levantadas, seriam chinelos delimitando o gol). O que interessava era a bola rolando, os gritos de emoção, e a vontade de existir.


Já no Leblon, ternos e gravatas, marcas pelo redor, estrelas (da mídia e da vida), gringos e brasileiros, discursos e entrevistas, tudo e todos misturados, compunham o cenário do Lançamento do 8º Campeonato de Futebol Social.


Entre esse contraste, a Criôla assistindo, vivendo, sentindo e aprendendo na guerrilha o que é a diferença em fazer um produto e uma obra audiovisual.


Quando se desprende do estético, vê-se a dificuldade em montar um time.


Apresentamos: A Copa do Mundo de Futebol Social!



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Criôla, muito prazer!

Cinéfilos, dread locks, fis-da-puta e uns bronquinhas, com uma ilha de edição, algumas câmeras - menos um case, uma extensão e detalhezinhos que se lesa pelo caminho - em um QG, sempre ligado às 4h20, na Av. Angélica, Centro da Cidade São Paulo.

A Criôla é mais ou menos isso. Meio junto, meio separado de tudo aquilo e aqueles que a faculdade proporciona. No “bláh, bláh, bláh”, histórias, perrengues, planos e uma vontade danada de fazer acontecer. Em pauta, a Homeless World Cup.

A idéia surgiu no meio ano do ano passado e nada poderia ser melhor. Em foco, representantes de 68 países com sede vitória. Em jogo, a mudança de vida de cada um.

A Copa do Mundo de Futebol Social acontece anualmente desde 2003 e 73% dos jogadores mudaram suas vidas para melhor. Estamos falando de pessoas que deixaram de usar drogas, mudaram de emprego ou voltaram a estudar depois da experiência.

O Brasil participou de todas as copas, realizadas em Gotemburgo, Edimburgo, Cidade do Cabo, Copenhagen, Melborne e até agora, a melhor colocação foi o terceiro lugar, no ano passado em Milão.

Este ano o cenário é a praia de Copacabana, Cidade Maravilhosa no País do Futebol.

Infiltrados nisso tudo já estão as lentes criôlas.

“A Homeless World Cup une milhares de jogadores fenomenais que têm a oportunidade de uma vez na vida jogar futebol representando seu país e mudar suas vidas para sempre.

A determinação e o espírito humano expressam a coragem que eles têm de acreditar nessa oportunidade e superar os obstáculos.

É uma verdadeira inspiração para todos nós.

Esta é uma experiência poderosa que eles vão levar para sempre e os fará nunca olhar para trás.

São verdadeiras estrelas.


Ringo Starr, The Beatles