terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Seletiva Final

Ah, o Futebol Social…
Ultimamente nada traz – ao menos para mim – mais satisfação do que cobrir esse evento.
Ver os jovens se divertindo com uma pelota e acompanhar a interação com outros jovens muito parecidos com eles.
Independente de quem venceu a Final, o evento desse fim de semana fez, mais uma vez, seu papel de integração social.
Na ONG Estrela Nova (Campo Limpo - São Paulo), Jovens de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Vicente (SP), Pouso Alegre (MG) e diversos bairros de São Paulo (SP) estavam lá para disputar uma vaga na Seleção Brasileira de Futebol Social, mas não só para isso.
Estavam lá para se divertir, conhecer pessoas novas, um lugar novo, mas que cada vez mais, sinto que de alguma forma se repete.
Não posso dizer que todos os lugares que cobrimos as seletivas eram iguais, cada um tinha sua essência, seu ponto de diferença, mas é um mundo tão parecido que fazia com que os jovens se sentissem em casa.
Tão em casa que, como irmãos, dividiram quartos, banheiros e vestiários.
Tão irmãos que cornetavam um ao outro e torciam por uma vitória de quem se transformou em amigo, após a desclassificação de seu time ou em partida que não se enfrentavam.
A história era diferente quando esses irmãos se enfrentavam...
E no meio desse mundo de jogos de futebol, competição e diversão, estávamos nós, jovens Criôlos com câmeras nos ombros, microfones apontados para a quadra, nos infiltrando nesse terreno que muitos diriam ser hostil.
Estávamos lá, vivendo de forma diferente a mesma história desses jovens, acompanhando os passos deles, dividindo o mesmo refeitório, o mesmo vestiário.
O Nosso QG de dia era o QG deles de noite e a entrada era liberada pra todo mundo, equipamentos de filmagem se misturavam com chuteiras e uniformes.
Tivemos afeição por alguns mais do que outros (sim, torcemos por um time ou por um (a) atleta, somos humanos e não apenas equipamento de filmagem) só não deixamos isso transparecer na câmera, respeitamos e fomos respeitados por todos.
E no final do segundo dia de seletiva a sensação de dever cumprido estava presente em todos, nos técnicos, nos jogadores, no Pupo e na Criôla.
Agora todos aguardam pra saber quem serão os convocados.

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